Nossa cidade não deve continuar a mesma

O diretor de eventos da ADVB/PR, Rafael Maia , foi um dos responsáveis pela organização da Smart City Expo Curitiba. A 3ª edição do maior evento de cidades inteligentes do Brasil reuniu mais de 10 mil pessoas! O propósito é despertar um futuro urbano poderoso, inspirado nas cidades mais inteligentes do mundo. Com o Artigo “Nossa cidade não deve continuar a mesma”, Rafael aborda o tema e imprime sua visão sobre o futuro das cidades. Boa leitura! Nossa cidade não deve continuar a mesma De qual cidade estou falando? Da que você estiver nesse momento. Para todas elas as inquietações são as mesmas: por que nossas cidades ainda alagam? Por que insistimos em nos locomover de forma individual? Por que não tratamos do nosso lixo como deveríamos? Por que não valorizamos nossas calçadas? Por que nos satisfazemos com postes altos e desproporcionais que iluminam mais os carros que as pessoas? Por que a cidade é tão boa para alguns e tão ruim para outros? Para mim, essa é a grande lição da edição mais recente do Smart City Expo Curitiba, maior evento brasileiro de cidades inteligentes, que acaba de acontecer na capital paranaense com a produção da Air Promo, agência de marketing na qual sou diretor de relações institucionais e novos negócios. Mais importante do que reunir um público recorde de mais de 10,2 mil pessoas, de 30 nacionalidades, de 50 empresas e de 200 prefeituras do mundo todo, o que fica gravado é que as cidades precisam ser pensadas para melhorar o bem-estar e a qualidade de vida de todos, da criança ao sênior. Afinal, as cidades são o nosso lar fundamental, como dizia o maestro da arquitetura brasileira, Paulo Mendes da Rocha. Não moramos somente nas nossas casas. Moramos na escola que levamos nossos filhos, na faculdade que frequentamos, no shopping que visitamos, no hospital que nos curamos, na empresa em que trabalhamos, no parque que brincamos. Comecei a entender melhor essa necessidade depois de conhecer de perto como soluções simples, porém inovadoras, podem transformar a vida nas cidades. Foi em 2019, quando viajei a Barcelona, na Espanha, para participar da a maior versão do Smart City do mundo, organizado pela Fira Barcelona. Integrei a comitiva brasileira junto de autoridades brasileiras, como o governador do Paraná, Ratinho Junior, e o prefeito de Curitiba, Rafael Greca, e do Beto Marcelino, do Caio Castro e do Eduardo Marques, fundadores do iCities, hub de negócios, acelerador do debate no Brasil sobre smart cities e responsável pela versão brasileira do evento. Conhecer a 22@, iniciativa que revitalizou 200 hectares de uma área industrial antes considerada obsoleta, com empresas de pesquisas para o desenvolvimento de soluções voltadas ao urbanismo, à educação, à mobilidade e à sustentabilidade, mostrou um leque inspirador e instigante de possibilidades para nós também aqui do outro lado do Atlântico. Foi aí que pessoalmente tomei gosto pelo tema e decidi me comprometer com a causa. Essa região que virou um sinônimo perfeito da inovação da cidade espanhola só se tornou modelo global de cidade graças à crise econômica do país na década de 1980 e da infraestrutura da cidade, que se encontrava engessada. Alguma semelhança com a situação de hoje? Então, identificar essas lacunas no planejamento estratégico e no seu funcionamento fez Barcelona decolar a partir de 1990, com investimentos maciços dos setores privado e púbico. E sinto que Curitiba segue nesse mesmo caminho. Naquele mesmo ano em que estive na capital da Catalunha, Curitiba foi finalista do World Smart City Awards, a grande premiação de cidades inteligentes. Ficou entre as seis cidades mais inteligentes do globo com o Vale do Pinhão, o movimento do ecossistema de inovação local para levar desenvolvimento sustentável para toda a capital paranaense, ao lado de Estocolmo (Suécia), Bristol (Reino Unido), Montevidéu (Uruguai), Seul (Coreia do Sul) e Teerã (Irã). Mas para a chave virar e a ficha cair definitivamente em todas as pessoas, tornando a questão de smart city uma cultura real entre nós, é preciso que a comunidade seja envolvida de maneira mais intensa nas estratégias de aprimoramento do espaço onde vive. Como diz a diretora de tecnologia de Barcelona, Francesca Bria, em entrevista ao jornal Estadão, “a grande quantidade de dados possibilitada pela tecnologia pertence aos cidadãos”. E isso só será possível por essas nossas bandas quando formos protagonistas de verdade das nossas cidades. O que você faz para essa transformação? Rafael Maia – Diretor de eventos da ADVB/PR  

Como você imagina as cidades no futuro?

Uma cidade inteligente é aquela que utiliza tecnologias inteligentes e conectadas em rede para nos apoiar na vida diária. Elas nos permitem economizar tempo, utilizar novas formas de mobilidade e, até mesmo, respirar um ar um pouco mais limpo. Em poucas palavras, as tecnologias no centro de uma cidade inteligente trabalham para melhorar a qualidade de vida de seus cidadãos. Menos engarrafamentos, mais segurança, promoção do crescimento econômico por meio do incentivo ao ecossistema de inovação e startups, casas inteligentes e uso de edifícios com eficiência energética, são apenas alguns dos benefícios tangíveis. Além de dimensões relacionadas    à mobilidade urbana, sustentabilidade, empreendedorismo, educação, saúde e segurança, as smart cities também se utilizam dos dados gerados nas cidades para melhorar questões relacionadas a planejamento e governança. Uma gestão pública que tem como base a utilização de dados para tomadas de decisão, certamente terá mais eficiência, economicidade e assertividade. Há pelo menos uma década, defendo uma visão ampliada do conceito de cidades inteligentes. Certamente, todas estas aplicações do conceito podem ser replicadas e adaptadas para governos estaduais e federais, tornando-os smart governments e smart nations. Selecionei exemplos de alguns países que já estão trabalhando o conceito de “Smart Nations” na esfera federal: Reino Unido Desde 2015, o Reino Unido possui o Government Digital Service (GDS). O objetivo do GDS é fazer serviços públicos para a população mais simples, eficientes e rápidos. São exemplos o Carer´s Allowance (subsídio para cuidadores), Make a Lasting Power of Attorney, (sistema de procuração online), Book a Prison Visit (agendamento de visita à prisão) e Register to Vote (registro para votação). Os números publicados são impressionantes: em apenas um ano, o GDS ajudou o governo a economizar 1,7 bilhão de libras por meio da transformação digital. Estônia Clássico exemplo quando pensamos em “Smart Nations”. O país é um dos mais avançados do planeta na questão das identidades digitais e no uso da tecnologia no governo. Todos os serviços públicos do país estão online. Aberturas de empresas, dados, receitas médicas e prontuários de pacientes são digitais, as escolas utilizam serviços online e toda a relação entre governo e cidadãos ocorre pela internet, gratuitamente e em tempo real. Possui o programa e-residentes, em que convida qualquer pessoa no planeta a se tornar um usuário dos serviços do governo estoniano. É o primeiro caso do mundo de government as a service (governo como serviço).   Índia A Índia desenvolveu o Aadhaar, identidade digital que consiste em um número único atribuído a cada cidadão que é conjugado com um sistema de identificação multifatorial, baseado em elementos como biometria (digitais e íris). Israel Israel se autointula Startup Nation. O termo Nação Startup, traduzido para o português, foi título do livro de 2009 de Dan Senor e Saul Singer sobre a nova economia de Israel. Com mais de 6.500 startups em uma população de 8,5 milhões, Israel lidera a lista de startups per capita. Além disso: depois dos EUA, Israel tem o segundo número de empresas de tecnologia mais listadas na Nasdaq. Há muitos bons exemplos. Um dos sistemas de navegação mais inovadores do mundo é o Waze de Israel. Outro exemplo impressionante: OrCam – um pequeno dispositivo que ajuda deficientes visuais e cegos a ter acesso a textos e imagens por meio de áudio de tradução em tempo real, o que promove independência em suas rotinas diárias. Dispositivo que, por sinal, está disponível nas bibliotecas públicas do Paraná. Telles, e o Brasil? Bom, esta é uma conversa para outro artigo, mas, indubitavelmente, nosso país vem apresentando grandes avanços nas diversas dimensões relacionadas ao conceito. Cidade inteligente, Governo Inteligente ou Nação Inteligente significa não apenas projetar cidades, estados ou países de forma mais significativa – tanto econômica quanto ecologicamente – mas, acima de tudo, significa melhorar a vida cotidiana das pessoas. Mais do que pensar em tecnologias temos que pensar em decifrar os problemas das dimensões que cercam o conceito e buscar vencer as burocracias para termos efetivamente a aplicabilidade prática das soluções.   André Telles Autor de cinco livros relacionados à tecnologia e inovação Diretor de inovação da Associação dos Dirigentes de Vendas e Marketing (ADVB-PR) Vice-presidente de Smart Cities da Associação Brasileira de Internet das Coisas (ABINC) Assessor de Inovação da Companhia Paranaense de Tecnologia (Celepar)

Estrela ADVB: Senadores paranaenses falam sobre perspectivas para 2022

Estrela ADVB: Senadores paranaenses falam sobre perspectivas para 2022 Álvaro Dias, Flávio Arns e Oriovisto Guimarães estarão juntos em Curitiba no dia 11 de abril para discutir as oportunidades de negócios para o mercado de marketing e vendas do Estado Na próxima segunda-feira, dia 11 de abril, a Associação dos Dirigentes de Vendas e Marketing do Brasil – Seção Paraná realiza o primeiro Estrela ADVB de 2022. O evento está marcado para às 8h no Hard Rock Cafe Curitiba e os convidados são os três senadores paranaenses: Álvaro Dias, Flávio Arns e Oriovisto Guimarães, que vão discutir as perspectivas do setor de marketing e vendas do Estado, assim como o cenário e as previsões para este ano eleitoral. A agenda da entidade está movimentada desde fevereiro, com a realização da Assembleia que definiu a nova diretoria para o biênio 2022/2024, do evento de posse e, também, do lançamento do Núcleo Futuro e Tendências (NFT). “Agora, chegou o momento de abrir a série de ‘Estrelas ADVB’, eventos nos quais trazemos ao Paraná grandes empreendedores e gestores das áreas de marketing, vendas e gestão. Para abrir o ano, nada melhor que termos a visão do poder legislativo sobre o nosso mercado para podermos discutir as tendências e as perspectivas deste ano eleitoral e de muitas mudanças no mundo”, ressalta o presidente da ADVB/PR, Claudio Stringari. “Conseguir ‘casar’ a agenda dos três grandes representantes do Paraná no Senado foi um desafio e tanto. É uma oportunidade única poder ver os nossos senadores juntos falando sobre o nosso setor. A discussão promete ser enriquecedora e este será o tom do que faremos nos próximos eventos da associação”, complementa a vice-presidente da ADVB/PR e coordenadora do Estrela ADVB, Gislayne Muraro. O evento é gratuito para associados, patrocinadores e parceiros da instituição, com vagas limitadas ao público externo. Os ingressos estão disponíveis no site sympla.com/advbpr. O bate-papo também será transmitido ao vivo pelo YouTube da associação: youtube.com/advbpr.

Quem vai pilotar a comunicação durante a crise?

Por Claudio Stringari, vice-presidente da ADVB-PR e sócio da Central Press   Quanto mais crítica a situação, maior a necessidade de um especialista no comando. Exemplos não faltam. Em obras complexas, precisamos de engenheiros experientes. Nos casos mais graves de saúde, precisamos dos melhores médicos da área. Nas tempestades, precisamos de pilotos com mais horas de voo. Para nos defender de uma acusação, dos melhores advogados. Em tempos de fake news, dos melhores jornalistas. São eles que assumem o controle nos momentos decisivos, amparados, claro, por outros profissionais habilidosos para formar o “time ideal”. Então por que cargas d’água alguns gestores ainda acham que dá para improvisar na área de comunicação em meio a essa pandemia? Por que muitos ainda não criaram um comitê de crises gerido por um profundo conhecedor do assunto? A resposta poderia ser: “é caro contratar um especialista”. A minha: “Então experimente contratar um amador”. Em mais de 20 anos atuando com gestão de crises de imagem, aprendi que o amadorismo é o maior assassino de reputações. Claro que as fraudes e as falhas humanas são determinantes para destruir as marcas, mas, nesse período pelo qual estamos passando, os pronunciamentos equivocados, os comunicados falhos (ou a falta deles) e a negligência no relacionamento com os diversos públicos têm causado feridas profundas em algumas organizações. Não estou falando apenas da falta de sensibilidade, ou de humanidade, mas da forma equivocada como algumas marcas estão lidando com o problema do ponto de vista da comunicação. E aqui não é uma questão de tamanho. Existem “grandes” que estão acertando a mão e driblando as dificuldades impostas pelo novo coronavírus e outras que estão errando. Assim como milhares de marcas consideradas “pequenas” vão morrer, outras vão sobreviver porque entenderam que comunicar bem não é uma escolha e sim uma obrigação neste momento de incertezas. Recentemente, algumas startups estabeleceram novas ordens de consumo em alguns segmentos, com inovação, tecnologia e foco no usuário – contribuindo para a derrocada de gigantes multinacionais. Quem sabe, daqui a alguns anos, diremos que algumas marcas se reposicionaram no mercado porque entenderam a importância do relacionamento humano e da comunicação assertiva durante a pandemia de 2020. De um lado, temos quem já entendeu que o prejuízo financeiro é inevitável e que a hora é de prestar serviço e ajudar. De outro, quem só está preocupado em vender. Okey, okey… eu sei que as contas precisam ser pagas, os empregos mantidos e as empresas vão quebrar se não venderem. Mas, se as marcas já precisavam ser mais “reais” e estabelecer relacionamentos sólidos com os clientes antes da crise, imagine agora que as pessoas estão muito mais sensíveis e conectadas. Mas nem tudo está perdido. Afinal, a maioria das feridas reputacionais pode ser curada. No entanto, em grande parte dos casos, o remédio é amargo. E a receita só pode ser prescrita por profissionais gabaritados e que entendam os meandros desse universo complexo do gerenciamento de crises de imagem, onde o equilíbrio é fundamental, pois a diferença entre o remédio e o veneno, é a dose. Uma linha tênue entre a omissão e o oportunismo. A máxima “Comunicação não é o que você diz, mas o que os outros entendem” vem bem a calhar nesses dias de pandemia – ou seria pandemônio? Ser ágil, transparente, sensível e ético é tão necessário nesse momento quanto a água, o sabão, o álcool e as máscaras.

Vale a pena fazer um intercâmbio após os 40? Conheça 10 dicas para vivenciar essa experiência!

O ano era 2012. Minha primeira viagem internacional. Fui pelo O Boticário para um evento dos canais Turner em nada mais nada menos que New York City. A partir desse momento, minha vida nunca mais foi a mesma. Após passar apenas 4 dias por lá e ficar completamente encantada por essa cidade, ao voltar fiquei com essa sensação de que voltaria em algum momento pra lá. Após muitos anos indo para outros países, desbravando esse mundo, estava obstinada a voltar para NYC de alguma forma. E esse dia acabou chegando meio que de repente no início de 2020. No começo do ano acabei sendo desligada da empresa que trabalhava devido a cortes orçamentários, parei e pensei, puxa, agora é o momento de eu investir em mim mesma, já estou com 40 e poucos anos, sabe-se lá quando terei essa oportunidade novamente. E lá fui eu. Conversa daqui, conversa dali, troquei uma ideia com os amigos, expliquei meus motivos e que ia ficar um tempo longe para o meu marido, longe da família. E assim me joguei literalmente nessa aventura. Posso dizer que foram os 40 dias mais instigantes, mais entusiastas, mais exploradores, mais imersivos e mais saudosos da minha vida! Quando cheguei lá em NYC e postei minha aventura, a grande maioria dos meus amigos sequer sabiam que eu não estava mais trabalhando e então os questionamentos foram os mais diversos. Recebi tanto apoio e tanto carinho que só posso agradecer a todos recados que me enviaram. Foi bom demais receber energia tão boa. Mas vamos ao que interessa. Vou contar aqui um passo-a-passo sobre a minha experiência e dar 10 dicas para você se animar. Vamos lá! 1) Intercâmbio para onde: como o investimento não é baixo, você precisa definir muito bem qual o destino que você quer fazer. Eu resolvi ir pra NYC porque realmente amo essa cidade, e queria vivenciá-la o máximo que eu pudesse, virar uma ‘novayorquina’ durante um tempo. Andar de metrô, falar sorry, thank you, yes please…Então para mim foi a melhor escolha. Mas conheci algumas pessoas lá que não ficaram muito satisfeitas. A dica é: pesquise bem antes para não se arrepender depois. 2) Escolha uma agência de intercâmbio: pesquisei algumas agências e escolas de inglês e através de uma indicação acabei escolhendo a Travel Mate aqui em Curitiba, onde moro. Fui muito bem atendida do primeiro até o último dia. O atendimento da Andrea foi fundamental, me dando toda segurança e apoio para esse momento. A dica é: encontre uma agência de confiança e entenda tudo que precisa com quem entende do negócio. 3) O tempo de estudo: olha, sinceramente não vale a pena fazer um intercâmbio se for por pouco tempo. Se programe para ir e ficar, no mínimo um mês. É sério! Conheci muitas pessoas lá no curso que fizeram apenas 1 semana, muitos porque só podiam ficar uma semana, outros por questão de grana mesmo. Mas na minha opinião é jogar dinheiro fora. Separe uma grana aos poucos e tente ficar mais tempo. Seu aproveitamento no curso será muito melhor. A dica é: não desperdice seu dinheiro!! 4) Qual escola fazer: pesquise antes. Eu fiquei umas 3 semanas entrando em sites, lendo blogs, vendo vídeos das escolas e conversando com a agência de intercâmbio até decidir uma que me possibilitasse ficar o tempo que queria pelo investimento que tinha. Escolhi a EC English School, e para mim supriu todas as minhas expectativas. Professores nativos e outros que são de outras localidades, nos fazendo ouvir outros sotaques. A escola fica em plena Times Square, no coração de Manhattan. Quer lugar mais motivador do que esse? A dica é: pesquise, pesquise, pesquise. 5) Qual curso: há algumas opções, mas eu preferi fazer o General English, ou seja, o geral, que pudesse abranger quaisquer assuntos. E outra opção que fiz foi escolher a turma 30+, ou seja, na minha turma só teriam pessoas acima de 30 anos. Isso foi o grande diferencial pois conheci pessoas que estão praticamente na mesma vibe, nada contra os 30-, mas queria ter pessoas ao meu lado que pudessem já ter tido experiências de vida mais próximas que as minhas. Mas confesso que conheci alguns alunos super legais dos seus 20 e poucos anos que fiquei amiga e até hoje trocamos mensagens. A dica é: escolha o curso que melhor se encaixa às suas necessidades e se jogue nos estudos. 6) Onde ficar: eu fiquei num dos apartamentos que a escola oferece, no Brooklyn, 40 minutos da escola (indo de metrô). Foi a melhor opção para mim, pois pude conhecer outros alunos que também estavam na mesma escola e já começar a interação com eles desde o primeiro dia. Tive a oportunidade de conviver com franceses, japoneses, belgas e óbvio, brasileiros! Meu apartamento era muito show, tinha uma área comum e banheiro dividido com apenas mais uma pessoa. E o quarto era individual. Algo excelente, pois privacidade também é bom. A dica é: nem lá nem cá. Encontre um lugar que você tenha fácil acesso, seguro, com custo/benefício bons e, não menos importante, privativo na medida do possível. 7) As aulas: após o teste de nivelamento, fui encaminhada para a minha classe. As aulas foram sensacionais. É imersão total. Fala-se português? É claro, pois muitas vezes não lembramos a palavra que queremos e acaba escapando uma palavra, mas vivenciei dicas, informações, dados sobre palavras, expressões em inglês que cursinho nenhum aqui no Brasil eu tive. Isso para mim já valeu metade do meu investimento. E a experiência de estar numa sala com 11 pessoas, cada uma de um canto do mundo (Espanha, Coréia do Sul, Taiwan, Itália, Equador, Japão, Brasil) falando inglês e sendo entendida por todos. Isso NÃO TEM PREÇO. Essa imersão foi excepcional. A dica é: depois de todo esse tempo junto com esse pessoal, continuar o contato. Crie um grupo no whatsapp, faça lives para praticar o inglês. E outra dica é que, ao querer ir para um destino no Japão, por exemplo, já ter amigos que poderão te ajudar a

LESS JOBS MORE GATES

Eu nunca fui um curioso da biografia de Bill Gates até o documentário da Netflix “O código Bill Gates”, disponível desde outubro de 2019. Por outro lado, já li e reli a biografia de Steve Jobs escrita por Walter Iaacson algumas vezes, tanto que é o livro que sustenta meu monitor no trabalho. Também assisti todos os filmes que contam a sua história. Sei dos detalhes da criação do iPhone, da Pixar, de como ele fez as Apples Stores e planejou o lançamento do iTunes, por exemplo. Bom, que Jobs era um cara fora da curva, não tenho nenhuma dúvida. Foi um revolucionário, mas a história e o tempo estão aí para fazer a gente ter uma leitura muito mais sensata das coisas. Se ontem eu admirava a disciplina orientalizada de um hippie-drogado-vegano-da-Califórnia, hoje eu passo a flertar com a inteligência e constância emocional que Bill Gates demonstrou ter todos esses anos. Steve Jobs era tão obcecado pelo seu modo de viver e consumir apenas frutas, em uma dieta super restritiva, mas que ele achava que era super saudável, que isso pode ter provocado a sua própria morte (como você pode descobrir assistindo o documentário Autópsia de Famosos: Steve Jobs). Também coloco em foco a discrepância entre a imagem que Jobs vendia da Apple – assegurando que a empresa queria fazer um mundo melhor – e as penosas condições sob quais se fabricavam alguns dos produtos da maçã. Documentos comprovam que pelo menos 20 empregados da Foxconn, que trabalhavam na linha de produção de iPads e iPhones cometeram suicídio. Jobs não teria perdido o sono por isso. O senso de ética do fundador da Apple também cai em contradição quando são expostos esquemas financeiros destinados à evasão fiscal – como a criação de empresas de fachada na Irlanda. O ponto que quero abordar é que é certo que Steve Jobs tratava a Apple como se fosse seu filho e o resto não se importava muito. Aliás, até a forma como ele reconhecer a paternidade de Lisa, sua filha, também deixa claro que até com um filho ele não tinha muito apreço. Não quero pintar Steve Jobs de vilão, mas em tempos de rever comportamento e pensar no futuro como comunidade com responsabilidades, Steve estava muito preocupado apenas com a sua visão de mundo e em se tornar um gênio. É esse tipo de coisa que o efeito manada propaga, a gente não sabe muito bem, mas quando se toca estamos lá chamando o cara de visionário… Por outro lado, Bill Gates, que criou muitos processos copiados por Jobs, mais preocupado com a matemática do que com a aparência, fundou uma das empresas mais bem sucedidas do mundo sem ter onde se balizar, também ajudou a própria Apple assegurando que seus produtos também funcionassem no Mac OS. Bill criou uma empresa talvez não tão sedutora quanto a Apple, mas teve uma vida baseada em propósitos que hoje, com um mundo mais, digamos, altruísta, se conecta com os desafios atuais. Enquanto hoje atravessamos a crise atual adotando medidas de saúde pública que visam conter a transmissão do novo coronavírus, existe um esforço global sem precedentes de pesquisa e desenvolvimento, no qual Bill Gates e sua esposa já lideram há algum tempo, não contra o coronavírus, mas contra a Influenza, HIV e a diarréia, esta última mata 2 milhões de crianças por ano. No auge da Microsoft. No auge da fortuna e fama, Bill Gates entendeu, bem antes que todos nós, que cuidar do mundo é preservar a nossa sobrevivência. Coisa, talvez, que Jobs nunca entenderia – e que a Apple atual também nunca entendeu. Steve, se vivo, talvez estivesse preocupado com o seus trabalhos enquanto Bill se ocupa hoje de abrir seus portões do conhecimento para todos nós. Garon Piceli é diretor de marketing da Loumar Turismo de Foz do Iguaçu

Uma Diretoria Protagonista

Uma associação, como o próprio nome já diz, não é feita por apenas um profissional, até mesmo porque sozinho ninguém faz nada e o papel de uma associação é procurar atuar para fazer muito pela categoria que representa. No caso da ADVB Paraná,  representamos os tantos profissionais de vendas e marketing de nosso estado, tendo como propósito “Promover os dirigentes de vendas e marketing do Paraná à excelência global” e a missão de “Reconhecer, desenvolver e conectar os dirigentes de marketing e vendas do Paraná”. Além disso, entendemos que é papel da ADVB promover ambientes de negócios entre seus associados e realizar ações que enalteçam as empresas e profissionais paranaenses. E para cumprir esta missão, ao assumir esta gestão que iniciou-se em março deste ano, procurei formar uma diretoria protagonista, reunindo profissionais de diferentes segmentos do mercado que estejam realmente dispostos a atuar verdadeiramente em prol da entidade, seja na coordenação de diferentes projetos da entidade ou respondendo por áreas específicas da associação. Assim, temos nesta gestão diretores coordenando os projetos Estrela ADVB, TOP de Marketing, Prêmio Personalidades, Papo ADVB, Cursos de Vendas, Business Connect, ADVB Mulher, Prêmio Zilda Arns, Hackatop de marketing e diretores responsáveis pelas áreas administrativa-financeira, digital, inovação, comercial, além de uma Diretoria Executiva. Todos eles atuando de forma voluntariosa (o que é um de nossos valores) e com cuidado para que cada uma destas ações sejam autossustentáveis, e que tragam retorno para as marcas que unirem-se a nós patrocinando estas ações. Uma diretoria protagonista e muita vontade de entregar nossa missão, dando continuidade ao belo trabalho que o ex-presidente Eduardo Jaime conduziu nos últimos 4 anos. Este é o espírito e a marca que pretendemos deixar nesta gestão que tenho a honra de presidir. Ney Braga Alves Presidente da ADVB Paraná