Nossa cidade não deve continuar a mesma

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O diretor de eventos da ADVB/PR, Rafael Maia , foi um dos responsáveis pela organização da Smart City Expo Curitiba.

A 3ª edição do maior evento de cidades inteligentes do Brasil reuniu mais de 10 mil pessoas!

O propósito é despertar um futuro urbano poderoso, inspirado nas cidades mais inteligentes do mundo.

Com o Artigo “Nossa cidade não deve continuar a mesma”, Rafael aborda o tema e imprime sua visão sobre o futuro das cidades.

Boa leitura!

Nossa cidade não deve continuar a mesma

De qual cidade estou falando? Da que você estiver nesse momento. Para todas elas as inquietações são as mesmas: por que nossas cidades ainda alagam? Por que insistimos em nos locomover de forma individual? Por que não tratamos do nosso lixo como deveríamos? Por que não valorizamos nossas calçadas? Por que nos satisfazemos com postes altos e desproporcionais que iluminam mais os carros que as pessoas? Por que a cidade é tão boa para alguns e tão ruim para outros?

Para mim, essa é a grande lição da edição mais recente do Smart City Expo Curitiba, maior evento brasileiro de cidades inteligentes, que acaba de acontecer na capital paranaense com a produção da Air Promo, agência de marketing na qual sou diretor de relações institucionais e novos negócios. Mais importante do que reunir um público recorde de mais de 10,2 mil pessoas, de 30 nacionalidades, de 50 empresas e de 200 prefeituras do mundo todo, o que fica gravado é que as cidades precisam ser pensadas para melhorar o bem-estar e a qualidade de vida de todos, da criança ao sênior. Afinal, as cidades são o nosso lar fundamental, como dizia o maestro da arquitetura brasileira, Paulo Mendes da Rocha. Não moramos somente nas nossas casas. Moramos na escola que levamos nossos filhos, na faculdade que frequentamos, no shopping que visitamos, no hospital que nos curamos, na empresa em que trabalhamos, no parque que brincamos.

Comecei a entender melhor essa necessidade depois de conhecer de perto como soluções simples, porém inovadoras, podem transformar a vida nas cidades. Foi em 2019, quando viajei a Barcelona, na Espanha, para participar da a maior versão do Smart City do mundo, organizado pela Fira Barcelona. Integrei a comitiva brasileira junto de autoridades brasileiras, como o governador do Paraná, Ratinho Junior, e o prefeito de Curitiba, Rafael Greca, e do Beto Marcelino, do Caio Castro e do Eduardo Marques, fundadores do iCities, hub de negócios, acelerador do debate no Brasil sobre smart cities e responsável pela versão brasileira do evento.

Conhecer a 22@, iniciativa que revitalizou 200 hectares de uma área industrial antes considerada obsoleta, com empresas de pesquisas para o desenvolvimento de soluções voltadas ao urbanismo, à educação, à mobilidade e à sustentabilidade, mostrou um leque inspirador e instigante de possibilidades para nós também aqui do outro lado do Atlântico. Foi aí que pessoalmente tomei gosto pelo tema e decidi me comprometer com a causa.

Essa região que virou um sinônimo perfeito da inovação da cidade espanhola só se tornou modelo global de cidade graças à crise econômica do país na década de 1980 e da infraestrutura da cidade, que se encontrava engessada. Alguma semelhança com a situação de hoje? Então, identificar essas lacunas no planejamento estratégico e no seu funcionamento fez Barcelona decolar a partir de 1990, com investimentos maciços dos setores privado e púbico.

E sinto que Curitiba segue nesse mesmo caminho. Naquele mesmo ano em que estive na capital da Catalunha, Curitiba foi finalista do World Smart City Awards, a grande premiação de cidades inteligentes. Ficou entre as seis cidades mais inteligentes do globo com o Vale do Pinhão, o movimento do ecossistema de inovação local para levar desenvolvimento sustentável para toda a capital paranaense, ao lado de Estocolmo (Suécia), Bristol (Reino Unido), Montevidéu (Uruguai), Seul (Coreia do Sul) e Teerã (Irã).

Mas para a chave virar e a ficha cair definitivamente em todas as pessoas, tornando a questão de smart city uma cultura real entre nós, é preciso que a comunidade seja envolvida de maneira mais intensa nas estratégias de aprimoramento do espaço onde vive. Como diz a diretora de tecnologia de Barcelona, Francesca Bria, em entrevista ao jornal Estadão, “a grande quantidade de dados possibilitada pela tecnologia pertence aos cidadãos”. E isso só será possível por essas nossas bandas quando formos protagonistas de verdade das nossas cidades. O que você faz para essa transformação?

Rafael Maia – Diretor de eventos da ADVB/PR

 

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